sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Software está pronto pra uso imediato, e o professor e o aluno estão?

         Os Parâmetros Curriculares Nacionais (BRASIL, 1998) já enfatizam a importância dos recursos tecnológicos para a educação, visando a melhoria da qualidade do ensino aprendizagem. Afirmam que a informática na educação “permite criar ambientes de aprendizagem que fazem sugerir novas formas de pensar e aprender” (p. 147). No entanto, não basta apenas escolher um software e lança-lo em sala propondo que se prova uma efetiva aprendizagem, afinal deve-se ser cauteloso na hora de sua escolha, e testes padrões como analisar se a linguagem é acessível, se permite o desenvolvimento conceitual almejado, se é coerente, se a linguagem é clara, diversos aspectos que são importantes para que o trabalho produza.
            Haja vista esses aspectos, Na literatura existem tantos sistemas de classificação como critérios voltados para a avaliação de softwares educacionais (VALENTE, 1999; CAMPOS e CAMPOS, 2001), considerando que avaliar um software educacional significa analisar não só suas características de qualidade técnica, mas também, os aspectos educacionais envolvidos.
            Nesse sentido vou avaliar o Software Geogebra que utilizei nas minhas aulas de geometria como Geometria Dinâmica e Interativa (GDI) é a implementação computacional da “geometria tradicional”, aquela usando as tecnologias régua, compasso e esquadro (TRCE). O termo “Dinâmico” do nome pode ser mais bem entendido como oposição à estrutura “estática” das construções da geometria tradicional. E o termo “Interativo” é que após o aluno realizar uma construção, ele pode alterar as posições dos objetos iniciais e o programa redesenha a construção, preservando as propriedades originais.

            Segundo Gravina (1996) e Arcavi e Hadas (2000), o GDI evidencia uma nova abordagem ao aprendizado geométrico, onde conjecturas são feitas a partir da experimentação e criação de objetos geométricos. Deste modo, se pode introduzir o conceito matemático dos objetos a partir da resposta gráfica oferecida pelo programa Geogebra, surgindo naturalmente daí o processo de questionamento, argumentação e dedução. Daí desprende-se a facilidade com que os alunos recebem a proposta e tem boa assimilação do conteúdo abordado, pois a ferramenta pode ser vista no idioma do aluno e tem orientação em todos os sentidos que o aluno queira investigar. 

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Como utilizar ambientes virtuais para o ensino e aprendizagem da Matemática?

            SEMPRE ON, é assim que nossos jovens, nossos adolescentes e até mesmo as nossas crianças se encontram quando o assunto é redes sociais, e ninguém pode negar que a facilidade de comunicação e expansão do pensamento cria asas quando se tem a disposição uma boa rede de conexão e alguns muitos seguidores. Interagir nunca foi tão simples, na verdade, está a um clique, e fronteiras, talvez nesse contexto essa palavra já se encontre em desuso.
            Nesse sentido, ambientes digitais de aprendizagem são sistemas computacionais disponíveis na internet, destinados ao suporte de atividades mediadas pelas tecnologias de informação e comunicação. Permitem integrar múltiplas mídias, linguagens e recursos, apresentar informações de maneira organizada, desenvolver interações entre pessoas e objetos de conhecimento, elaborar e socializar produções tendo em vista atingir determinados objetivos." (ALMEIDA, 2003, p.331)
            Por que não criar uma comunidade virtual onde todos possam discutir, realizar fóruns sobre conteúdos, aproveitar jogos em rede para estimular algum conteúdo, buscar aporte em uma rede social para solidificar a interação do grupo e resolução de exercícios? Dentre outras podemos destacar as redes mais utilizadas como o Facebook, o WhatsApp, o YouTube, dentre outras que proporcionam interação e podem estimular a aprendizagem. Na escola onde leciono temos um grupo de Whats chamado Só Matemática, onde meus alunos podem interagir e debater sobre as questões da sala, e eu estou sempre mediando e esclarecendo alguma duvida, através de fotos, ou áudios que gravo no instante da conversa.
            Se você professor, utiliza e se beneficia dessas ferramentas sociais, não prive seu aluno, compartilhe com ele essa vivência. Vamos fazer essa experiência?

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Aulas UP - GEOGEBRA

          A ferramenta Geogebra mudou minha didática em sala, trouxe dinamismo, inovação e entusiasmo, facilitou a aprendizagem, estimulou o raciocínio, e me devolveu alunos produtores do seu saber a partir de conhecimentos advindos da experiência diária e anos letivos anteriores, não só tive a oportunidade de produzir em aula como também utilizar o recurso do Geogebratube para tornar mais rápido o processo de ensino.
            Durante a vivência da especialização pude desenvolver material geométrico digital para explanar e montar com os alunos os conceitos, propriedade, classificação de triângulos e quadriláteros, e tudo no toque de um dedo, para mover a figura e mostrar que as formas geométricas presentes no nosso cotidiano, tem um fundamento matemático e que eles tem acesso ao “porquê” e sua aplicação.

            Criado por Markus Hohenwarter, o GeoGebra (http://www.geogebra.org/cms/pt_BR)  é um software gratuito de matemática dinâmica desenvolvido para o ensino e aprendizagem da matemática nos vários níveis de ensino (do básico ao universitário). O GeoGebra reúne recursos de geometria, álgebra, tabelas, gráficos, probabilidade, estatística e cálculos simbólicos em um único ambiente. Assim, o GeoGebra tem a vantagem didática de apresentar, ao mesmo tempo, representações diferentes de um mesmo objeto que interagem entre si. Além dos aspectos didáticos, o GeoGebra é uma excelente ferramenta para se criar ilustrações profissionais para serem usadas no Microsoft Word, no Open Office ou no LaTeX. Escrito em JAVA e disponível em português, o GeoGebra é multiplataforma e, portanto, ele pode ser instalado em computadores com Windows, Linux ou Mac OS.

Softwares para o Ensino da Matemática

                  Nas relações sociais atuais deparamo-nos com a presença de alunos todos os dias mais conectados, não apenas na internet, mas com tudo, todo o tempo, e utilizar as tecnologias que são inseridas na vida deles para promover o ensinar e aprender promove uma ampliação das capacidades dos mesmos. Com relação à temática abordada, consideramos que todo programa pode ser considerado um software educacional desde que utilize uma metodologia que o contextualize no processo ensino-aprendizagem. Assim, qualquer software pode ser utilizado no processo educacional, dependendo da criatividade de seus usuários (GIRAFFA, 1999).
            Os softwares voltados para o Ensino de Matemática perpassam por Programas que disponibilizam informações previamente definidas e limitadas pelo próprio software, oferecendo ao aluno apenas a possibilidade de escolha ou definição da sequência pedagógica na qual estas informações são apresentadas, como o Poly Pedagoguery 1.12 (ftp://ftp.peda.com/poly_setup.exe, e aqueles que possibilitam uma abordagem ampla dos conceitos matemáticos onde o aluno pode construir, formular, e identificar seus processos de construção da aprendizagem, como o Geogebra (http://www.geogebra.org/download), e os componentes do Peanut (Wingeom, Winplot, Winmat e Winstat) (http://math.exeter.edu/rparris/).

            Se dentre a inserção do conteúdo matemático na realidade do aluno não for motivos suficientes, podemos analisar os softwares educacionais como ferramenta para libertar o ensino e a aprendizagem da Matemática do peso das aulas exclusivamente mecânicas; estimular diversas formas de raciocínio; diversificar estratégias de resolução de problemas; estimular a atividade matemática de investigação; permitir que o aluno seja mais autônomo, líder do seu processo de aprendizagem e da construção do conhecimento.

terça-feira, 28 de outubro de 2014

Aprendendo para Ensinar

           O conhecimento não é um bem imutável e instável, sempre devemos aprimorá-lo, lapidá-lo de modo que nunca a nossa mente deva acomodar-se a concepção que temos, ou sabemos de tudo que necessitamos. Nesse sentido, a formação acadêmica pós-graduação latu-sensu em Ensino de Matemática, nos proporciona recursos como uma disciplina onde discutimos as tecnologias para a melhor qualidade de ensino e aprendizagem.
            Utilizando o programas como Word (para computadores que possuem Windows), o Geogebra que pode ser instalado ou acessado online, conseguimos atingir qualidade no material que preparamos para os nossos alunos e, este é inerente ao conteúdo e contexto, pois tanto podemos trabalhar ângulos, como matrizes, as mais funções e também os princípios de cálculo, de forma clara e montagem rápida e acessível.
            Veja os exemplos produzidos em sala:




Nova linguagem: Quando o lápis e papel ganham uma ajudinha

“O nosso trabalho, como educadores matemáticos, deve ser o de ver como a Matemática se constitui quando novos atores se fazem presentes em sua investigação.” (Borba & Penteado, 2003, p. 49)
            A inteligência desenvolvida nas aulas de matemática é advinda de fatores inerentes ao coletivo, a união de lápis, papel e todo o contexto social vivido, nessa tangente o texto “O Humano e a Técnica” dos autores acima citados, de onde o fragmento foi extraído, ilustram a caracterização de como a evolução da cognição do aluno é desenvolvida a partir da liberdade de realizar propiciada pelos meios tecnológicos, dando ênfase aos softwares educacionais e os ambientes virtuais, assunto que abordarem em uma próxima postagem.
            Nesse novo ritmo de informações, Vani Kenski, lança em 2007, sua obra intitulada Educação e Tecnologias e volta sua abordagem para como as práticas educacionais devem permitir a tecnologia presente no contexto social do aluno refleti e interfira beneficamente nas suas relações com o saber, a mesma autora afirma durante a obra que as tecnologias são indispensáveis para a educação, ou melhor, que educação e tecnologia são indispensáveis.

              Em um cenário tão atual e gritante, cabe a cada profissional da educação, não só da Educação Matemática, atender os apelos de uma nova geração social que requer conciliação entre seus recursos tecnológicos e sua construção do saber em sala de aula, para tal os dois autores supracitados norteiam até mesmo aqueles detentores de pouco saber acerca do assunto.

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Tecnologia é Mágica?





Caros alunos e colegas professores,

Durante aula do meu curso de especialização o mestre nos direcionou este vídeo e nos questionou acerca de como nos comportamos com os recursos tecnológicos que temos em nossas escolas, e como estamos utilizando para chegar nos resultados almejados?

Segundo MORAN, José Manuel (1999):“As tecnologias facilitam a participação, não as criam automaticamente. As tecnologias não salvam um mau projeto pedagógico, não salvam um mau professor. Mudam, não o professor, mas algumas tarefas que ele desempenhava até agora. [...] A Internet nos ajuda, mas ela sozinha não dá conta da complexidade do aprende”.

E, para complementar, GLADCHEFF et al. (2001) afirma: “(...) o bom uso que se possa fazer dessa ferramenta na sala de aula depende tanto da metodologia utilizada, quanto da escolha de softwares, em função dos objetivos que se pretende atingir e da concepção de conhecimento e de aprendizagem que orienta o processo. (...) é preciso q ue o educador procure aspectos considerados positivos nestes aplicativos, a fim de que realmente se constituam em facilitadores para uma aprendizagem significativa, dentro dos objetivos definidos pelo educador e a escola.”

A tecnologia contribui enriquecendo o processo de educar e aprender. Precisamos de educadores envolvidos com a aceleração que a tecnologia oferece, e é necessário se preparar, afinal temos um público muito atualizado e antenado, estamos no ápice das inovações do século XXI, e, portanto, quanto mais aproximarmos as aulas à realidade dos nossos alunos teremos uma significativa aprendizagem.