Os
Parâmetros Curriculares Nacionais (BRASIL, 1998) já enfatizam a importância dos
recursos tecnológicos para a educação, visando a melhoria da qualidade do
ensino aprendizagem. Afirmam que a informática na educação “permite criar
ambientes de aprendizagem que fazem sugerir novas formas de pensar e aprender”
(p. 147). No entanto, não basta apenas escolher um software e lança-lo em sala
propondo que se prova uma efetiva aprendizagem, afinal deve-se ser cauteloso na
hora de sua escolha, e testes padrões como analisar se a linguagem é acessível,
se permite o desenvolvimento conceitual almejado, se é coerente, se a linguagem
é clara, diversos aspectos que são importantes para que o trabalho produza.
Haja vista esses aspectos, Na
literatura existem tantos sistemas de classificação como critérios voltados
para a avaliação de softwares educacionais (VALENTE, 1999; CAMPOS e CAMPOS,
2001), considerando que avaliar um software educacional significa analisar não
só suas características de qualidade técnica, mas também, os aspectos
educacionais envolvidos.
Nesse sentido vou avaliar o Software
Geogebra que utilizei nas minhas aulas de geometria como Geometria Dinâmica e
Interativa (GDI) é a implementação computacional da “geometria tradicional”,
aquela usando as tecnologias régua, compasso e esquadro (TRCE). O termo
“Dinâmico” do nome pode ser mais bem entendido como oposição à estrutura
“estática” das construções da geometria tradicional. E o termo “Interativo” é
que após o aluno realizar uma construção, ele pode alterar as posições dos
objetos iniciais e o programa redesenha a construção, preservando as
propriedades originais.
Segundo Gravina (1996) e Arcavi e
Hadas (2000), o GDI evidencia uma nova abordagem ao aprendizado geométrico,
onde conjecturas são feitas a partir da experimentação e criação de objetos
geométricos. Deste modo, se pode introduzir o conceito matemático dos objetos a
partir da resposta gráfica oferecida pelo programa Geogebra, surgindo naturalmente
daí o processo de questionamento, argumentação e dedução. Daí desprende-se a
facilidade com que os alunos recebem a proposta e tem boa assimilação do
conteúdo abordado, pois a ferramenta pode ser vista no idioma do aluno e tem
orientação em todos os sentidos que o aluno queira investigar.